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O que nós queremos para 2013? Simples, retificar (mais) motores!

Um trem-bala sai de São Paulo às sete horas da manhã. Neste mesmo horário, na Marginal Tietê, em São Paulo, milhares de pessoas estão com os seus veículos parados em um grande congestionamento causado por um veículo com o motor quebrado.

Antes das nove horas da manhã, o trem-bala já chegou ao Rio de Janeiro. Lá, na via “expressa” de São Paulo, os veículos continuam no anda-e-para e muitos dos cidadãos ainda não chegaram ao trabalho.

Esta comparação, tipo “futurista”, não é um exagero, só falta o trem-bala (aliás, prometido na eleição pela presidenta Dilma).

Das vias da capital paulista, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, são retirados, em média, 371 veículos quebrados por dia, sendo 55% destes por problemas mecânicos e elétricos. E apenas um veículo quebrado, em uma via como a Marginal Tietê, pode provocar três quilômetros de congestionamento em apenas 15 minutos. Além do cansaço físico e mental nos motoristas, os congestionamentos causam poluição e excesso de consumo de combustível. Os especialistas consideram 25% a mais de consumo nos veículos em situação do anda-e-para.

E a poluição gerada pelos veículos nos congestionamentos? Esta traz um enorme prejuízo para a saúde da população e para os cofres públicos, com enormes quantidades de verbas sendo destinadas aos tratamentos de graves doenças – inclusive câncer de pulmão.

Nos dias atuais, a poluição não é mais gerada pelas chaminés das fábricas, é gerada pelos canos de escapamento dos veículos. Precisamos, urgentemente, resolver isto. As campanhas do tipo “Ajudem a Salvar a Mata Atlântica” são ótimas. Mas que tal uma campanha “Ajudem a Salvar os Nossos Pulmões”?

Agora, um número para assustar: 52 bi! Sim, R$ 52,8 bilhões(!) será o custo dos congestionamentos para a cidade de São Paulo neste ano.

A estimativa é do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Marcos Cintra, que também é professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e responsável pelo estudo. Na conta das perdas entram: o maior consumo de combustível, consequência da redução e variação de velocidade; os gastos originados pelos malefícios da poluição à saúde; as perdas diretamente provocadas pelo tempo maior de transporte, como a necessidade de contratar mais trabalhadores; e, finalmente, as horas de trabalho, atividade e lazer das pessoas que ficam presas nos engarrafamentos.

Muito bem.... e o que nós, os retificadores e reparadores de motores, podemos fazer para ajudar a corrigir esta situação de caos?

 E o que precisamos, então? Precisamos de incentivo do Governo Federal. Precisamos trabalhar, ainda mais e mais forte, para que seja lançado o Programa de Incentivo à Retífica de Motores Poluidores – PRÓ-MOTOR, junto com uma campanha na mídia que diga: “Cidadão, o seu veículo está com o motor “cansado”... está sem potência.... gastando muito combustível.... e poluindo além da conta. Vá até o seu banco e solicite um financiamento “PRÓ-MOTOR”, com juros de quase nada ao mês, prazo de até 60 meses para pagar, e deixe o seu motor novo de novo!”

Eu penso que, perto do custo altíssimo gerado pelos veículos circulando com motores danificados, se a taxa de juro for perto de zero, ainda será um ótimo negócio para o Governo e cidadãos. Lembrando que os milhares de proprietários dos veículos reprovados na Inspeção Veicular Ambiental deixam de pagar o IPVA, as multas e o seguro DPVAT, e ficam com seus veículos fora da lei e o governo sem receber os impostos.

Um programa de incentivo para retificar os motores destes veículos  será muito bom para o incremento dos negócios, com a geração de emprego e renda nas empresas de retífica e reparação de motores, nas fábricas e distribuidoras de autopeças, fábricas de máquinas e de ferramentas, etc.

Uma cidade como São Paulo não pode deixar de ser atrativa para nós, os moradores, para os turistas, para os visitantes a negócios, e para os investimentos por causa da qualidade de vida ruim.

Pelo menos nesta parte, dos motores danificados e poluidores, nós estamos preparados, com vontade, e podemos ajudar a resolver.

Finalizando, se eu pudesse pedir um presente ao Papai Noel, pediria uma campanha de forte impacto na televisão, para mostrar aos cidadãos de bem deste país que a cada vez que alguém compra um motor barato e sem procedência em um desmanche clandestino, alguém foi roubado, ficou sem o carro, e pode ser que “tomou bala” de bandido e ficou sem a vida. Pelo menos remorso iria causar em muita gente!

Aproveito para agradecer  a  todos os  integrantes  da  equipe  SINDIMOTOR & APAREM,  nossos diretores, associados, e as empresas parceiras que nos apoiaram neste ano. 

Enfim, agradeço a todos que se  dedicaram  a  lutar  conosco, no árduo trabalho de fazer evoluir o nosso setor. 

Zauri Candeo

Zauri Candeo - Presidente do Sindimotor e da Aparem