
No dia 4 de março de 2013, na sede da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB –, em São Paulo, foi assinado o Termo Aditivo ao Protocolo de Intenções do Programa de Melhoria da Manutenção de Veículos a Diesel – PMMVD – com o SINDIMOTOR – Sindicato de Remanufaturamento, Recondicionamento e/ou Retífica de Motores e seus Agregados e Periféricos no Estado de São Paulo.
O presidente do SINDIMOTOR Zauri Candeo, o vice-presidente do SINDIMOTOR, Paulo Ferreira e o vice-presidente da APAREM, Pedro Luiz Árias, foram recebidos pelo presidente da CETESB, Otavio Okano e os diretores Carlos Roberto dos Santos, de Engenharia e Qualidade Ambiental e Sérgio Meirelles, de Gestão Corporativa, para a assinatura do documento.
Este documento do Termo Aditivo ao PMMVD diz respeito ao apoio da CETESB ao Programa de Incentivo à Retífica e Reparação de Motores Poluidores – PRÓ-MOTOR, elaborado pelo SINDIMOTOR.
O PRÓ-MOTOR tem entre os seus objetivos a diminuição da quantidade de veículos com motores em más condições de funcionamento em circulação no Estado de São Paulo, e a regularização de parcela da frota de veículos que trafegam livremente sem realizar a Inspeção Veicular Ambiental, e consequentemente sem o licenciamento anual e multas regularizadas, por falta de recursos financeiros ou de oferta de serviços de reparação de qualidade.
A consequência desta diminuição é em última instância a redução dos níveis de emissão de poluentes atmosféricos pela frota circulante.
A evasão da frota do licenciamento anual no Estado de São Paulo é da ordem de 20 a 30% da frota registrada, segundo as autoridades de trânsito. Estes veículos coincidem com a parcela mais poluente da frota. Entre eles, estão os que não dispõem de recursos financeiros nem de financiamento facilitado para realizar serviços de retífica de qualidade nos motores, e consequentemente, não são aprovados na Inspeção Veicular Ambiental. Outra parcela dispõe dos recursos, mas realiza serviços inadequados de retífica no motor, inviabilizando a aprovação dos veículos na inspeção veicular. Afinal, não basta trocar cabos, velas e filtros de óleo ou alterar o combustível para passar na inspeção, pois este motor está, na verdade, queimando óleo com vazamentos provocados por fuga de compressão. Portanto, não basta uma simples revisão, neste caso é necessário retificar o motor.
O PRÓ-MOTOR pleiteia junto ao Governo Federal a criação de uma linha especial de financiamento, diretamente aos proprietários de veículos leves e pesados, para que seja executada a correta retífica e reparação dos motores poluidores.
Este Programa do SINDIMOTOR defende a necessidade de uma campanha para a divulgação deste incentivo aos proprietários dos veículos com motores poluidores e para o alerta e conscientização dos cidadãos sobre os malefícios causados à saúde pela poluição veicular.
O PRÓ-MOTOR também prevê uma linha de crédito especial destinada à expansão e modernização das retíficas e reparadoras de motores homologadas pelo SINDIMOTOR e cadastradas no PMMVD, da CETESB.
Estas empresas de retífica e reparação de motores precisarão demonstrar que estão capacitadas para realizar serviços de excelência, de acordo com as normas da ABNT, NBR 13.032 – Retífica de Motores e NBR 15.831 – Reinstalação de Motores, e com as melhores práticas para o cumprimento destas normas.
O apoio da CETESB ao PRÓ-MOTOR está condicionado à aquisição de opacímetros e ao cadastramento no PMMVD pelas empresas de retífica e reparação de motores e seus agregados e periféricos (bombas e bicos injetores) interessadas em participar do PRÓ-MOTOR.
Espera-se que o crescimento incentivado da rede de prestação de serviços de excelência na área de retífica de motores corresponda a um crescimento proporcional da rede de unidades cadastradas no PMMVD, aumentando a capilaridade e os benefícios do PMMVD no território do Estado de São Paulo.
O presidente do SINDIMOTOR, Zauri Candeo, afirmou: “O PRÓ-MOTOR, além de beneficiar a população dos grandes centros urbanos com a redução da poluição, vai contribuir para que os proprietários dos veículos poluidores, que circulam sem o Licenciamento e “fora da lei”, possam restaurar as condições técnicas dos seus motores e regularizar a situação legal.
E as empresas de retífica e reparação de motores terão um crescimento no atendimento aos clientes, com a consequente geração de emprego e renda e investimentos na aquisição de novas máquinas e equipamentos. Bom para os cidadãos brasileiros, bom para a economia, bom para o Brasil”.
Foto: José Jorge Neto |